quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

A vida de corredor

A vida de um corredor viciado em esportes.
Minha história começa como tantas outras: descobri a atividade física desde muito cedo, fui sempre adepto à prática de exercícios físicos e principalmente os de alta intensidade. Fui praticante assíduo de academia onde também além da musculação, a atividade aeróbica estava sempre presente. Com todo esse histórico fui adquirindo uma boa resistência física, porém com o passar dos anos conciliar a vida de consultor que faz várias viagens por mês com a prática de exercícios foi ficando cada vez mais difícil e aquela vida ativa de atividade física foi sendo deixada um pouco de lado, praticada às vezes e quando dava.

Sedentarismo e o 1º aviso

No ano de 2011, no final do ano durante um evento comercial da empresa, onde tive que palestrar, surgiu então “o aviso”. Meu corpo não estava mais comportando o meu peso, cheguei aos 99,5 kg para 1,71 m de altura. O mal-estar, dores na nuca, suor frio, era então a minha pressão chegando ao limite. A partir deste momento onde comecei a ter também fortíssimas dores nas pernas devida a má circulação, resolvi entender que meu corpo mudou e não comportava todo aquele acumulo de gordura depositado nele.
Fernando Carvalho e suas medalhas
Fernando com sua coleção de medalhas só de 2014 mostra que é possível irmos cada vez mais longe.

O retorno às atividades físicas

A ajuda de um personal trainer foi essencial. Ele tinha um desafio grande nas mãos e eu, uma vontade maior ainda de vencer esse obstáculo. Voltar a ter atividade diária e constante era uma tarefa difícil e a corrida foi primordial para obter um resultado a curto prazo. Foi aí que voltei às pistas, participando das corridas de rua e de curta distância na região de Blumenau, em Santa Catarina. A primeira prova foi de 6 km e depois de tanto tempo parado foi uma primeira grande vitória: aquela paixão adormecida acordou.
A partir de então, já pulei para a próxima: uma prova de 10 km com desafios onde o terreno oscilava entre praias, trilhas, montanha e estrada de chão. Pronto! Me apaixonei de vez por essa modalidade (trail running), e encontrei ali o que eu realmente gostava de fazer, que é juntar a natureza e a corrida.

Meias-maratonas e triatlos

Depois dessas corridas então vieram treinos e mais treinos, e conquistei assim minhas primeiras meias-maratonas (Pomerode, Blumenau e Florianópolis).
E o desejo só aumentava porque o corpo pedia mais, e após várias e várias corridas de rua com diferentes quilometragens tinha chegado à hora de experimentar uma nova paixão: o triatlo.
Sem nunca ter feito as três modalidades (natação, corrida e ciclismo) em conjunto, apesar de executá-las muito bem individualmente, resolvi participar de um triatlo em Balneário Camboriú. Fui e completei, duas vezes.
A sensação de completar a prova, tendo em uma delas uma boa colocação, foi indescritível. Fiquei em 7º colocado na categoria.

Excesso de treinos e o 2º aviso

Mas o excesso de exercício e treinos também alertou meu corpo, era de novo “o aviso” e desta vez de forma inversa. Durante uma atividade tive o tão temido “estiramento muscular na panturrilha”, me tirando então por três longos meses da atividade e todo meu calendário de provas teve de ser remanejado.
O retorno como sempre é bem difícil, e a vida seguiu entre treinos e provas constantes sempre acompanhados por profissionais (personal trainer e nutricionista esportivo), buscando sempre claro que o objetivo era uma boa qualidade de vida.

Queda de bicicleta

Nem tudo são glórias na vida de um atleta, e em um treino você pode se machucar feio, e foi isso que aconteceu no dia 08/03/2014. Normalmente intercalava treinos de corrida e bike em preparação para alguma corrida e neste dia não foi diferente. Aliás, o diferente foi no treino de bike, a queda que levei durante o pedal. Na queda quebrei a clavícula. Foi uma fratura feia que precisou de enxerto, sete parafusos e uma placa.
Segundo o médico seria necessário de 5 a 6 meses sem atividade física. Segundo meu corpo 30 dias já era suficiente para voltar a correr 10km em treino de rua, de leve. Também segundo meu corpo em 3 meses foi suficiente para fazer minha primeira prova pós acidente, uma ultramaratona de 52 km, oDesafrio Urubici.
Fernando Carvalho e suas medalhas
Apesar dos problemas, 2014 terminou com saldo positivo e uma linda coleção de medalhas.

Saldo positivo

Meu ano de 2014 terminou com saldo positivo, apesar dos imprevistos que me fizeram perder o 1º semestre, consegui ainda recuperar em provas de longa distância, fiz:
Fora outras provas de 10km de rua feitas em Blumenau, SC.

Maratona no Deserto do Atacama

A Maratona no Deserto do Atacama, fechou meu ano com chave de ouro. Correr no meio do deserto mais árido do mundo a uma altitude que chega a 2.800 m acima do nível do mar foi uma sensação única e indescritível.

2015

O corpo não foi feito para ficar parado, a recuperação depende de cada um querer e comigo foi assim.
Sempre busquei com cautela e segurança a recuperação rápida sem nunca ter me deixado abater.
Para 2015, tenho novas metas e novos desafios. Um deles será concretizado na prova El Cruce.
A Corrida El Cruce está 14º edição, será realizada na Patagônia e acontecerá nos dias 5, 6 e 7 de fevereiro de 2015. Cruzará a Cordilheira dos Andes passando pela Patagônia Argentina e Chilena num total de 100km. O objetivo da corrida é cruzar os andes, unindo Argentina e Chile em 3 etapas (3 dias) 22 km no 1º, 37 km no 2º e 40 km no 3º.
E não vou parar por aí...

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